Encontro em Belém reúne chefes de Estado para discutir compromissos climáticos e apresentar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, iniciativa liderada pelo Brasil
A Cúpula dos Líderes que antecede a COP30 chega ao fim nesta sexta-feira (7), em Belém (PA), com debates centrados na transição energética e na avaliação dos dez anos do Acordo de Paris.
Chefes de Estado e representantes de mais de 50 países discutem avanços e desafios no cumprimento das metas climáticas e na busca por fontes renováveis de energia.
As discussões deste último dia destacam a necessidade de acelerar a substituição dos combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, por energias limpas, como solar, eólica e hidrelétrica. A meta global, defendida por diversos países, é triplicar a capacidade de energia renovável até 2030.
Além disso, os líderes fazem um balanço das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) — os compromissos voluntários que cada nação apresenta para reduzir emissões e enfrentar a crise climática. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou atenção para o fato de que muitos países ainda não atualizaram suas metas, o que ameaça o avanço coletivo previsto pelo Acordo de Paris.
Na quinta-feira (6), o destaque do evento foi o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), apresentado por Lula como uma nova estratégia financeira de conservação ambiental. O fundo reúne 53 países e propõe remunerar nações que mantêm suas florestas preservadas, priorizando regiões tropicais como Brasil, Indonésia e Congo.
O modelo, baseado em investimentos de renda fixa, busca gerar recursos contínuos para a proteção das florestas sem depender de doações, sendo considerado um dos maiores avanços diplomáticos brasileiros na agenda climática.
Com encerramento previsto para o final da tarde, a Cúpula de Líderes reforça o papel do Brasil na condução das negociações climáticas e marca o início da contagem regressiva para a COP30, que começa nesta segunda-feira (10), em Belém.
